quinta-feira, 14 de maio de 2009

Pra não dizer que não falei do altruísmo

Nunca ouvi ninguém desejar à alguém que nasce ser um altruísta, todos desejam saúde(não que seja dispensável) muito dinheiro, sorte(tal qual a saúde essencial), alguns desejam fama, mas não ouvi ainda"Que sejas um altruísta!"

Compreenssível, há muito pensar no outro deixou de ser padrão da configuração do ser humano, o eu sobrepôs o nós, o meu ao nosso e então esta característica se perdeu, tornou-se rara a ponto de ter valor de uma virtude.

Penso que não se faz necessário beatificar o indivíduo que a tenha. Basta aprendermos a lição e multiplicá-la, pensar em outrem vai muito além de prover ao semelhante bens materiais, finanças ou coisa afim, trata-se de lembrar de um dos mandamentos escritos na tábua de Moisés:
"Não queira aos outros o que não desejas a ti mesmo"; Acho que era mais ou menos isso(risos).

O altruísmo nosso de cada dia não resolverá tudo, mas será um grande começo.
Licença Geraldo Vandré:
Venham!
Vamos embora!
Que esperar não é saber, quem sabe das necessidades faz a hora, não espera acontecer.

Memento mori et Carpe diem!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Na mesma

Não sei quem disse e porque disse que avançamos muito e rapidamente. Só há evidências do contrário, basta invertermos o prisma.
Estudiosos defendem que somos Homo Sapiens Sapiens ( homens que sabem que sabem) um estágio acima dos "evoluidos" Homos Sapiens ( homens que sabem), não sei não.

Vejo que modernizamos as barbáries hoje somos capazes de matar bem mais, com bem menos esforço e muito mais distantes.Se compararmos as performances atuais com as dos conquistadores de outrora fica bastante parelha a disputa.

Há pouco mais de quinhentos anos tinhamos a certeza, inquestionável sob pena de morte, de que o planeta Terra era achatado. Aprendemos a voar, alçamos voos cada vez mais altos a ponto de poder avistá-lo de fora, e além de ratificar sua forma arredondada o apelidamos de planeta azul. Mas até então fomos incapazes de nos policiarmos sobre o esgotamento de recursos naturais esgotáveis, nada mais óbvio de se concluir uma vez que há uma área delimitada e sem previsão de expansão. Óbivio para qualquer um, menos para nós mesmos.

Numa análise social mais localizada estou rodeado de muitos ainda contagiados com a crença tola, instituida há mais ou menos quarenta anos, de que o Brasil seria o país do futuro. Os sonhadores e vendedores dessa ilusão de ontem seriam os que poderiam prover a ascenção agora, e?

Registro aqui uma meia culpa por três décadas de certa conivência, talvez por conveniência ou coisa que o valha. Mas como bem cantara Os Paralamas do Sucesso:

"Eu acordo pra trabalhar, corro pra trabalhar, durmo pra trabalhar, como pra trabalhar. Eu não tenho tempo de ter o tempo livre de ser, de nada ter que fazer, eu me encontro perdido nas coisas que eu criei, eu nada sei..., ando cansado demais".


Memento mori et Carpe diem!