terça-feira, 18 de março de 2008

E-motivos

Atire a primeira pedra quem nunca ao acessar a grande rede, seja em ambiente de trabalho, seja para estudos, seja para preencher o tempo livre foi receptor de mensagens eletrônicas repletas de sofrimentos, dificuldades ou súplicas emocionais!

Pois é, depois de ter recebido o milhonésimo correio deste feitio fiz uma introspecção a respeito e concluí que esta é uma prática pra lá de comum.

Os textos em sua grande maioria trazem fotos de bebês (seres emocionais) saudáveis ou subnutridos, santas, paisagens, com trilha sonora de tom nostálgico ou motivacional, os mais temíveis (para não escrever abomináveis) são os que no fim nos convida a participar de uma corrente, sob alegação improvável (para não escrever tola) de que poderemos mover mundos e fundos.

Algo que me impulsionou a esta escrita foi ter me deparado com a versão ambulante desses e-motivos, isso mesmo! Ambulantes , geralmente usam roupas fúnebres, exibem cabelos disformes, caras tristes, olhos sombreados ou delineados (na cor preta) falam as palavras com chiado semelhante aos fãs da Xuxa e choram a maior parte do tempo. Ver isso é de cortar o coração . Eles são cobaias de uma geração com uma rebeldia sem senso (para desta vez não escrever estúpida) neste caso o que há é a sobreposição do ridículo sob a desculpa de ser "autêntico" ou "revolucionário".

Sinceramente ao testemunhar essa geração espontânea, caí no besteirol de imaginar que Pink e o Cérebro (dois ratos de um conhecido desenho animado) devem estar literalmente roendo-se de inveja, afinal de contas os e-motivos cada dia que passa estão mais próximos de dominarem o mundo.


Memento mori et Carpe diem!